Santos Venerados em Mondim

 

S. Cristóvão

 
São Cristóvão, é considerado o patrono dos viajantes motorizados. Foi martirizado no século III, na Síria, na cidade de Sámon. Entre nós, Cristóvão, significa “Porta-Cristo”. Segundo a lenda grega, Cristóvão era um bárbaro antropófago, da tribo dos cinéfalos (homens com cabeça de cão). Converteu-se ao Cristianismo, alistou-se no exército imperial, recusou-se a renegar a fé, e morreu em suplícios inimagináveis. A lenda, no Ocidente, reza que Cristóvão era apreciado pela bondade que mostrava ao próximo, e transportava as pessoas na travessia de um rio. Uma noite, rogou-lhe um menino que o transportasse. O gigante pegou nele às costas e entrou na água. Surpreendentemente, o transporte do menino tornou-se difícil, não devido à corrente, ou à escuridão, mas porque a criança pesava imenso! O colossal Cristóvão, firmou-se no cajado, chegando à outra margem, poisa o menino, declarando que o mundo não era tão pesado. Então diz o menino: “Tiveste às costas mais que o mundo inteiro; transportaste o Criador dele. Sou Jesus que tu serves”. (Leite, 1985, vol.2, pp. 395-396).

S. Jorge

O culto a S. Jorge em Portugal deveu-se ao auxílio prestado pelo Duque de Lencastre, filho de Eduardo III de Inglaterra, a el-rei D. Fernando na luta contra Castela. A partir de essa altura, para os portugueses, o grito de “S. Jorge” substituiu na guerra, o de S. Tiago, utilizado em toda a Península, desde a Reconquista Cristã. S. Jorge é um Santo Auxiliador, que subjuga o dragão, e é invocado nas doenças de pele. É o patrono dos guerreiros, à semelhança de S. Sebastião e S. Maurício. Conta a lenda, que o dragão vivia num lago perto de Silena, na Líbia, fora combatido por vários exércitos, sem êxito. Periodicamente, deixava um rasto de destruição à sua passagem. Para o apaziguarem, levavam-lhe ovelhas ou uma rapariga, de alimento. Calhou a vez à infortunada filha do rei. Jorge, tribuno militar, cheio de compaixão, fez o sinal da cruz, partiu a cavalo em direcção ao dragão, que avançava sobre ele de boca aberta, e atravessou-o com a lança. A partir desse momento, o rei e todos os súbditos se converteram ao cristianismo. O rei, reconhecido por Jorge ter salvo a filha e a sua cidade, ofereceu-lhe grande soma de dinheiro, mas Jorge distribuiu-o pelos pobres e continuou o seu caminho, sem nada querer para si. Considera-se que S. Jorge morreu pela fé em Lida (Palestina), no fim do século III (Leite, 1985, vol.1, pp. 349-350).

S. Tiago

Apóstolo S. Tiago Zebedeu, o Maior.

 S. Tiago Maior era um dos doze apóstolos, irmão de S. João Evangelista. Tinham como pai Zebedeu, dono dum barco de pesca no lago de Genesaré. Chama-se Tiago “Maior” para o distinguir do Tiago “irmão” de Jesus. S. Mateus, 4, S. Marcos, 1 e S. Lucas, 5, contaram-nos a vocação de João e Tiago. Jesus chamou-os, quando os dois estavam ocupados a consertar as redes, e eles seguiram o jovem Mestre. Tiago ficou sendo um dos doze apóstolos: em Marcos, é o segundo a seguir a Pedro; em Mateus, Lucas e nos Actos dos Apóstolos, é o terceiro. Destacou-se nos seguintes momentos mais notáveis: na cura da sogra de Pedro; na ressurreição da filha de Jairo; e na Transfiguração. Jesus chamou, a Tiago e a João Boanerges, “filhos do trovão”, por eles terem querido que fosse mandado fogo do céu sobre uma cidade não hospitaleira, à semelhança do que fizera Elias; mas o Senhor repreendeu-os. Quando eles subiam a Jerusalém, mandaram pedir a Jesus, por intermédio da mãe Salomé, dois lugares de honra no futuro reino. O divino Mestre respondeu: “Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálix que Eu tenho de beber?” – “Podemos.” – “O meu cálix bebê-lo-eis; quanto aos lugares de felicidade, isso depende do meu Pai” (Leite, 1985, vol.2, p. 394). Tiago e João tinham a arrogância própria da juventude, julgavam-se no direito de possuir o sinal da vinda de Jesus e do fim do Mundo. O que é certo, é que, ao entrar Jesus em agonia, eles dormitavam no jardim debaixo das oliveiras prateadas pela lua radiosa. Mas Tiago amadureceu, durante o retiro no Cenáculo. Animado pelo Espírito Santo, veio com Pedro a Jerusalém para festejar a Páscoa. Herodes Agripa I mandou-o prender e executar; foi o primeiro apóstolo a derramar o sangue para mostrar ao Senhor a sua fidelidade. Segundo a tradição, o guarda de Tiago se converteu à vista da convicção e do testemunho do Apóstolo. Pediu perdão a Tiago que o abraçou; e ambos foram degolados. O Apostolado de S. Tiago em Espanha figura, no fim do século VI, num catálogo apostólico, tradução latina de um texto bizantino que não representa uma tradição espanhola. Antes de 830, situava-se o túmulo do Apóstolo na Judeia, em Cesareia da Palestina, e mesmo em Marmárica, entre o Nilo e a Cirenaica. Por 830 descobriu-se, no território de Amaca (diocese de Iria Flávia - Padrón, na Galiza) um sepulcro dos tempos romanos. Foi celebrado como sendo de S. Tiago. Por 850 redigiu-se um texto afirmando a transferência de Jerusalém para a Galiza. Segundo esse texto, o corpo foi trazido por sete santos dos arredores de Granada, discípulos de Tiago. Tal texto pressupõe a pregação do mesmo Tiago em Espanha. No fim do século IX, foi escrita uma carta do papa Leão, a qual utiliza o catálogo apostólico. Pelos fins do século XI, retocouse a epístola de Leão, puseram-se de parte os sete santos e introduziram-se Maria Eunice da Costa Salavessa 41 dois discípulos adjuntos. A História Compostellana, acabada em 1139, expressa a alteração mencionada. No século X, o túmulo de S. Tiago começou a atrair estrangeiros. No século XII, os peregrinos invadiram as estradas. Foram provavelmente os abades de Cluny que organizaram desde o século XI, essas procissões de fiéis à Galiza. S. Tiago, é representado, primeiro como apóstolo a segurar o Evangelho, depois como peregrino, com surrão autenticado por uma concha e empunhando um bordão. E contava-se que ele apareceu numa batalha e afugentou os Mouros em Clavijo em 834 e por esse motivo foi representado como cavaleiro mata-mouros (Leite, 1985, vol.2, pp. 394-395).

S. Pedro.

São Pedro (1 a.C.- 67) foi apóstolo de Cristo, um de seus primeiros discípulos. É considerado o fundador da Igreja Cristã em Roma e o seu primeiro papa.

As principais fontes que relatam a vida de São Pedro são os quatro Evangelhos Canônicos, pertencentes ao Novo Testamento, escritos originalmente em grego e em diferentes épocas, pelos discípulos Mateus, Marcos, Lucas e João. O dia de São Pedro é comemorado em 29 de junho.

São Pedro nasceu na Betsaida, na Galileia. Filho de Jonas e irmão do apóstolo André, seu nome de nascimento era Simão (ou Simeão). Pedro era pescador e trabalhava com o irmão e o pai.

Por indicação de João Batista foi levado por seu irmão André para conhecer Jesus Cristo. No primeiro encontro Jesus o chamou de Kepha (pedra, em aramaico) Petros em grego. Nessa época de seu encontro com Cristo, Pedro morava em Cafarnaum, com a família de sua mulher.

Pedro fez parte dos discípulos mais íntimos de Jesus, tendo se dedicado a Jesus com zelo extremado, marcado por atitudes impulsivas, como quando usou a espada para defender seu mestre. Seu nome ocupa sempre o primeiro lugar nas listas de discípulos mencionados nos Evangelhos Sinóticos.

A posição de Pedro se firmou diante da declaração de Jesus: “Por isso eu lhe digo: você é Pedro, e sobre essa pedra construirei a minha Igreja, e o poder da morte nunca poderá vencê-la. Eu lhe darei as chaves do Reino do Céu, e o que você ligar na terra será ligado no céu, e o que você desligar na terra será desligado no céu” (Mateus 16,18-19).

Após a morte e ressurreição de Jesus a liderança de Pedro se acentuou, conforme a narração na primeira parte do livro dos Atos dos Apóstolos. Além de presidir a assembleia apostólica que elegeu Matias como substituto de Judas, Pedro fez seu primeiro sermão no dia de Pentecostes.

in: "https://www.ebiografia.com/sao_pedro/".

S. Vicente.

Vicente de Saragoça (em castelhanoSan Vicente Mártir) foi um mártir do início do século IV que sofreu o martírio em Valência. Entre as muitas localidades e igrejas de que é orago, contam-se a Diocese do Algarve e o Patriarcado de Lisboa, em cuja  se encontram as suas principais relíquias.

Vida e obras

Na época do imperador romano Diocleciano, o presidente (governador) Públio Daciano moveu na Hispânia uma perseguição aos cristãos. Vicente, diácono, recusou oferecer sacrifícios aos deuses e foi cruelmente martirizado até à morte, que terá ocorrido em 304.

Em Portugal é representado de modos diversos: com palma e evangeliário ou, mais habitualmente, com uma barca e um corvo, porque, de acordo com a tradição, quando, em 1173, o rei Afonso Henriques ordenou que as relíquias do santo fossem trazidas do Cabo de São Vicente (o então «Promontorium Sacrum»), junto a Sagres, para a cidade de Lisboa, duas daquelas aves velaram o corpo do santo que seguia a bordo da barca – facto a que ainda hoje aludem as armas de Lisboa e de muitas outras povoações portuguesas.

Em França, S. Vicente é padroeiro dos vinhateiros e profissões afins, e porta como insígnias um cacho de uvas, para além da palma do martírio.

in "Wikipédia".

 

Stª. Bárbara.

Bárbara de Nicomédia (Nicomédiac. 280 - Nicomédiac. 317) foi uma virgem mártir do século III comemorada como santa cristã na Igreja Católica Romana, na Igreja Ortodoxa e na Igreja Anglicana. Em Portugal e no Brasil, tornou-se popular a devoção a Santa Bárbara, invocada como protetora por ocasião de tempestadesraios e trovões, dando origem à expressão "Só se lembram de Santa Bárbara quando troveja".

Ela é comemorada no dia 4 de dezembro de cada ano.

S. João Baptista.

João Batista era filho de Zacarias, um sacerdote do Templo de Jerusalém, e de Isabel, prima de Maria, mãe de Jesus. Uma antiga tradição do Sec. V defende que João Baptista nasceu em Aim-Karim, aldeia situada a sudoeste de Jerusalém. O nascimento de João Baptista foi anunciado a seu pai pelo Anjo Gabriel. Incrédulo, Zacarias duvidou do que o anjo lhe anunciava, já que tanto ele como Isabel estavam já com uma idade avançada.

João Baptista viveu como um eremita no deserto da Judeia até cerca do ano 27 DC. Aos trinta anos começou a pregar nas margens do rio Jordão, alertando as multidões que o ouviam para os males dos tempos e dos homens chamados à penitência e ao batismo como forma de purificação, pois dizia: “o Reino dos Céus está próximo”.

 

S. Bartolomeu.

 Bartolomeu – Bart-Tolomai, filho de Tolmai. De acordo com a tradição cristã, terá sido o esposo nas bodas de Caná, em que Cristo realiza o seu primeiro milagre ao transformar a água em vinho.
 
Acompanha Jesus até à Sua morte, participando e assistindo às Suas pregações, milagres e outros episódios da Sua vida. Estava presente à beira do mar de Tiberíades quando Jesus, após a Sua Ressurreição, apareceu a alguns dos seus apóstolos.
 
Atribui-se-lhe grande apostolado na Índia, na Arábia e na Arménia. Segundo a lenda, nesta última região, possuía o Demónio um oráculo, prática que consistia em responder às perguntas dos seus seguidores pela voz do sibilo (bruxo) Astaroth. Todavia, quando São Bartolomeu entra no templo, logo a voz do Demo emudece. O santo ordena então ao Demónio que anuncie o nome de Jesus Cristo como o do verdadeiro Deus e destrua os ídolos pagãos existentes nos templos. E assim acontece.
Convidado por Astiage, que governava uma parte da Arménia, o santo aceita o convite, mas Astiage, traiçoeiramente, manda esfolá-lo vivo e cortar-lhe a cabeça – lenda religiosa que nasce no século XIII, com a indicação do martírio a 24 de Agosto, se bem que a morte aponte, também, para a crucificação e afogamento.
O seu poder de exorcista permanece no imaginário religioso popular, daí resultando a devoção e as práticas relacionadas com as possessões ou estados entendidos como demoníacos, ou atribuídos a entidades incorporadas nos pacientes, a pesadelos, terrores e outras coisas mais.
A 25 de Agosto de 1338 voltam a ser trasladadas para uma sumptuosa basílica. Destruída esta por um terramoto, os ossos do santo, encontrados intactos, regressam de novo à catedral. Numa outra variante, as relíquias repousam na Basílica de São Pedro, em Roma, enquanto uma outra indica que transitaram no ano 1000 para a Igreja de Santo Adalberto, igualmente em Roma.
 
Devido ao seu martírio, São Bartolomeu é o padroeiro daqueles que trabalham em peles: curtidores, luveiros e encadernadores, entre outros.

S. José.

São JoséJosé de NazaréJosé, o Carpinteiro ou São José Operário[1] foi, segundo o Novo Testamento, o esposo da Virgem Maria e o pai adotivo de Jesus.[2][3] O nome José é a versão lusófona do hebraico Yosef (יוסף), por meio do latim Iosephus. Descendente da casa real de David, é venerado como Santo pelas igrejas ortodoxaanglicana e católica, que o celebra como seu padroeiro universal. A liturgia luterana também dedica um dia ― 19 de março ― à sua memória, sob o título de "Tutor de Nosso Senhor". Operário, é tido como "Padroeiro dos Trabalhadores", e, pela fidelidade a sua esposa e dedicação paternal a Jesus, como "Padroeiro das Famílias", emprestando seu nome a muitas igrejas e lugares ao redor do mundo.

José é venerado como São José na Igreja CatólicaIgreja OrtodoxaIgreja Ortodoxa OrientalAnglicanismo e Luteranismo [4]. Nas tradições católicas, José é considerado o santo padroeiro dos trabalhadores e está associado a vários dias de festa. O papa Pio IX declarou-o patrono e protetor da Igreja Católica, além de patrocinar os doentes e uma morte feliz, devido à crença de que ele morreu na presença de Jesus e Maria. Na piedade popular, José é considerado um modelo para os pais e também se tornou patrono de várias dioceses e lugares.

Várias imagens veneradas de São José receberam uma coroação canônica por um papa. Na iconografia religiosa popular, ele é associado a lírios ou nardo, representando sua castidade e pureza. Com o crescimento atual da Mariologia, o campo teológico da Josefologia também cresceu e, desde a década de 1950, foram formados centros para estudá-la.

in: "Wikipédia".

Nossa Senhora de Fátima.

Nossa Senhora de Fátima ou, foralmente, Nossa Senhora do Rosário de Fátima, é uma das invocações atribuídas à Virgem Maria e que teve a sua origem nas aparições recebidas por três pastorinhos no lugar da Cova da Iria, em FátimaPortugal.

De acordo com os testemunhos das três crianças videntes, a primeira aparição terá ocorrido no dia 13 de maio de 1917 ao meio-dia, repetindo-se durante os seis meses seguintes sempre no dia 13 e à mesma hora (excetuando-se o mês de agosto, em que ocorreu a dia 19), até 13 de outubro de 1917.

Na última aparição, identificou-se como sendo "a Senhora do Rosário", tendo sido, por esse motivo, feita eclesiasticamente a combinação dos seus dois títulos e que deu origem a Nossa Senhora do Rosário de Fátima. Segundo os relatos dos videntes, a mensagem que a aparição apresentou em Fátima foi um insistente apelo à conversão, à penitência e à oração, nomeadamente a oração do Rosário.

O seu principal local de devoção é o próprio Santuário de Fátima, situado na freguesia e cidade homónima, no concelho de Ourém, em Portugal.

in: "Wikipédia"

 

Nossa Senhora da Graça.

Mais do que em qualquer outro grupo cristão, a Santíssima Virgem ocupa um lugar destacado entre os católicos, que além de possuírem doutrinas e ensinamentos teológicos relacionados a Maria, também celebram as festas em honra aos seus títulos, cantam hinos, rezam uma variedade de orações e peregrinam a templos marianos. ( Caso de Mondim).
Catecismo da Igreja Católica diz que "A devoção da Igreja à Santíssima Virgem é intrínseca ao culto cristão".
Os católicos romanos têm realizado atos de consagração a Maria em diferentes níveis, seja pessoal, social ou regional. Ensinamentos católicos afirmam que a consagração a Maria não diminui ou substitui o amor por Deus, muito pelo contrário, o reforça, portanto, todas as consagrações são de certa forma feitas a Deus.
 
foto de "Objetiva em Movimento" de Bernardino Rodrigues.