Confraria e Irmandade das almas.

"É na sequência do Concílio de Trento que são criadas as Confrarias das Almas, como forma de institucionalizar a crença no Purgatório e impor a convicção de que as almas dos mortos sairiam tanto mais cedo do Purgatório quanto mais orações e esmolas fossem feitas pelos vivos. Aliás, tudo dependia dos vivos, unicamente a eles competia sufragar as almas que esperavam pela purificação". Mas, reflexo eventual de uma forma religiosa, emocional e sentimental própria, começam a surgir em Portugal, sobretudo a norte do rio Mondego, fruto de uma cristianização mais prolongada e vivida, pequenas representações das alminhas em sítios públicos com alminhas de mãos erguidas suplicando aos vivos orações e esmolas para poderem completar a purificação e libertar-se das contingências do Purgatório.
 
"Mais do que em qualquer outra instituição político-social, as confrarias religiosas são por excelência
espaços de mais ampla afirmação e representação social e por isso também de mais marcada diferenciação
das dignidades, hierarquias e grupos sociais. Tal tem a ver com a vontade de inclusão de toda a sociedade
nos programas religiosos, mas também uma visão mais pluralística da Sociedade projectada pela ordem
religiosa e eclesiástica e também pelo papel mais activo que todos os grupos sociais são chamados a
desempenhar na vida religiosa e eclesiástica, comparativamente à vida politica e civil.in "Vila Real nas Memórias Paroquiais, Viriato Capela".
nota: mas Memórias são referidas 18 Confrarias para Mondim de Basto (concelho).
 
Mais do que em qualquer outra instituição político-social, as confrarias religiosas são por excelência
espaços de mais ampla afirmação e representação social e por isso também de mais marcada diferenciação
das dignidades, hierarquias e grupos sociais. Tal tem a ver com a vontade de inclusão de toda a sociedade
nos programas religiosos, mas também uma visão mais pluralística da Sociedade projectada pela ordem
religiosa e eclesiástica e também pelo papel mais activo que todos os grupos sociais são chamados a
desempenhar na vida religiosa e eclesiástica, comparativamente à vida politica e civil.