Pontes

Vou-me aqui referir com particular desenvolvimento às pontes (de pedra e cantaria), de madeira e pequenos pontilhões que vão acompanhadas de referências à serventia e passagem e ligação dos maiores caminhos e estradas régias que cruzam a região, para os seus pontos e núcleos urbanos mais importantes. Por elas é possível fixar os marcos do desenvolvimento da rede viária regional. E percebermos que  a sua cartografação minuciosa serviria para ajudar a fixar as populações junto às principais ligações viárias.

Ponte de arame sobre o Rio Olo, Tejão, Mondim de Basto.

Conhecida como a “Ponte do Indiana Jones”, foi construída com cabos de arame entrançado e um estrado de madeira. Durante muitos anos possibilitou o atravessamento do Rio Olo ligando Mouquim a Tejão.

Esta ponte está em elevado estado de detioração com a madeira quase podre e o arame já enferrujado. A travessia ainda se consegue realizar mas com muito cuidado.

P.s: o meu amigo sr. José do Carvalhal e a sua simpatiquíssima esposa, enquanto lá moraram, para além de receber os amigos, a quem adoravam oferecer uma bela cabidela de frango, depois de um dia a pescar trutas, ainda ia consertando a ponte. Agora…

 

Ponte dos Cabrestos (rio Poio), Bromela, Mondim de Basto.

A ponte sobre o Poio (ou Cabresto) localiza-se na freguesia de Atei e é o único monumento nacional concelhio. È vulgarmente conhecida como a ponte dos Cabrestos.
Teve um papel importante como ponto de passagem obrigatório quer de Mondim para Cavez quer de Chaves para Braga, fazendo, assim, parte da complexa rede viária romana na Península.

 

Ponte Romano/Medieval no Rio Cabril, Vilar de Viando, Mondim de Basto.

junto à capela de S. Sebastião,
surge a calçada medieval. Mais abaixo, surge a capela do Senhor da Ponte e a
ponte medieval de Vilar de Viando sobre o rio Cabril. A ponte estava integrada na via
que ligava o concelho de Ermelo a Mondim de Basto. Esta via era fundamental, porque
permitia aceder às Terras de Basto e à província do Minho. A construção da ponte remonta
à Baixa Idade Média, sendo constituída por um único arco de volta perfeita, de
aduelas estreitas e alongadas. O seu tabuleiro é em cavalete e possui reforços robustos
a montante e a jusante, para resistir às cheias. No arranque dos arcos, na face interna
dos pilares, a ponte possui cavidades para o encaixe dos vigamentos que suportavam a
cofragem de madeira, denominada por cimbre, que servia para montar os arcos.
A calçada em lajeado, onde, por vezes, o piso aproveita afloramentos graníticos, prolonga-
se até à subida para a capela de Santa Luzia, em Vilar de Viando, e prolonga-se
até Paradança.
via medieval no centro de Mondim de Basto corresponda à rua da Viacova, uma artéria
estreita, empedrada e com edificações antigas. Mais à frente, junto à capela de S. Sebastião,
surge a calçada medieval. Mais abaixo, surge a capela do Senhor da Ponte e a
ponte medieval de Vilar de Viando sobre o rio Cabril. A ponte estava integrada na via
que ligava o concelho de Ermelo a Mondim de Basto. Esta via era fundamental, porque
permitia aceder às Terras de Basto e à província do Minho. A construção da ponte remonta
à Baixa Idade Média, sendo constituída por um único arco de volta perfeita, de
aduelas estreitas e alongadas. O seu tabuleiro é em cavalete e possui reforços robustos
a montante e a jusante, para resistir às cheias. No arranque dos arcos, na face interna
dos pilares, a ponte possui cavidades para o encaixe dos vigamentos que suportavam a
cofragem de madeira, denominada por cimbre, que servia para montar os arcos.

Ponte Medieval (dos presuntos) no Rio Olo, Ermelo, Mondim de Basto.

 Integra o caminho Ermelo-Mondim de Basto a ponte de Ermelo sobre o rio Olo, exemplar que deverá datar do século XIII, considerando as dezenas de siglas gravadas no intradorso do seu único arco. A calçada prolonga-se até ao lugar da Várzea.
Desta antiga via ainda se vislumbram muitos fragmentos do seu primitivo traçado, alguns deles lajeados e com marcas da sua secular utilização (Dinis, 2009, p. 40). Muito possivelmente, esta via corresponde a uma antiga estrada romana, onde, tal como a ponte do Cabril, integrava a via que ligava Chaves a Favaios, por Panóias, em Vila Real, sendo reconstruída durante a época medieval. Alguns troços na Estrada Nacional 304 acompanham um percurso idêntico ao da estrada medieval entre Ermelo e Várzea.
Construída integralmente em granito, a ponte de Ermelo é uma construção medieval, de arco com tabuleiro em cavalete de um “único e amplo arco de volta perfeita. As aduelas são largas e muito regulares” (Sereno e Dordio, 1994). O pavimento é constituído por lajes irregulares de granito, embora, no lugar de Várzea, a calçada possua lajes
de xisto.
rio Olo, exemplar que deverá datar do século XIII, considerando as dezenas de siglas
gravadas no intradorso do seu único arco. A calçada prolonga-se até ao lugar da Várzea.
Desta antiga via ainda se vislumbram muitos fragmentos do seu primitivo traçado, alguns
deles lajeados e com marcas da sua secular utilização (Dinis, 2009, p. 40). Muito
possivelmente, esta via corresponde a uma antiga estrada romana, onde, tal como a
ponte do Cabril, integrava a via que ligava Chaves a Favaios, por Panóias, em Vila Real,
sendo reconstruída durante a época medieval. Alguns troços na Estrada Nacional 304
acompanham um percurso idêntico ao da estrada medieval entre Ermelo e Várzea.
Construída integralmente em granito, a ponte de Ermelo é uma construção medieval,
de arco com tabuleiro em cavalete de um “único e amplo arco de volta perfeita. As
aduelas são largas e muito regulares” (Sereno e Dordio, 1994). O pavimento é constituído
por lajes irregulares de granito, embora, no lugar de Várzea, a calçada possua lajes
de xisto.

Ponte de Travassos, Bilhó, Mondim de Basto.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
in "Objectiva em Movimento" de Bernardino Rodrigues.

Pontão do Toumilo, sobre o rio Cabril em Vilar de Ferreiros.

in "Objectiva em Movimento" de Bernardino Rodrigues.
 

Ponte dos Cavacos, rio Cabril, vilar de Ferreiros.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

in "Objectiva em Movimento" de Bernardino rodrigues.

Ponte do Bilhó, sobre o Rio Cabril.

Ponte de passagem obrigatória para a ligação de Mondim até Vila Real. 
A modernidade fez-lhe perder a dignidade.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
foto de profª Anabela Rodrigues.

Ponte sobre o Ribeiro de Fervença.

in "Objectiva em Movimento" de Bernardino Rodrigues.

Ponte de Vila Chã.

Pontilhão no Cabresto/Cabril, Bobal.

in "Objectiva em Movimento" de Bernardino Rodrigues.

Ponte em Cavernelhe.

Ponte na Fervença.

in "patrimonio.pt".

Ponte em Pioledo.

in "Objectiva em Movimento" de Bernardino Rodrigues.

Ponte na ribeira da Coucassa, no Bilhó.

in "Objectiva em Movimento" de Bernardino Rodrigues.
 

Pontilhão na Pedreira.

in "Objectiva em Movimento" de Bernardino Rodrigues.

 

Ponte de Mondim. 

                                                                                                                                                                                                                                                                         

A ponte sobre o Tâmega data de 1882 e foi mandada construír no reinado de D. Maria II, que já não assistiu à inauguração, tantos anos demorou a ser feita.

De extrema importância para a terra, a ponte sobre o rio Tâmega faz a ligação entre Trás-os-Montes e o Minho, unindo o distrito de Vila Real e de Braga e os Municípios de Mondim de Basto e de Celorico de Basto. Demorou cerca de 40 anos a sair do papel  e obrigava ao pagamento de portagem.

  1.  Efectivamente “sendo de instante necessidade efectuar a construção da ponte sobre o rio Tâmega, em Mondim de Basto, para a qual foi estabelecido um imposto especial por carta de lei de 12 de Setembro de 1842, manda Sua Majestade El-Rei, que o Director das Obras Públicas do distrito de Vila Real remeta sem demora, a este ministério o novo projecto para a execução daquela obra, e o respectivo programa de arrematação, elaborados em harmonia com as indicações que, sobre o primitivo trabalho técnico por ele proposto, foram feitas em consulta do Conselho de Obras Públicas e Minas, e mandadas observar em data de 16 de Novembro último; devendo o sobredito Director ficar na inteligência de que, tendo o governo em especial atenção esta importante obra, tornará efectiva a sua responsabilidade pela falta do cumprimento ao que lhe fica determinado. ACMM: Livro de Registo de correspondência Entrada, nº 1.Paço, em 16 de Fevereiro de 1856.= Maria de Fontes Pereira de Mello. Eram depois estabelecidas as condições da obra e a tabela dos direitos de trânsito. Assim, não deveria exceder 600 palmos em cumprimento, em 30 de largura e seria construída em cinco anos. Os direitos variavam de 10 réis para os passageiros a pé ou a cavalo e os 180 réis para carro carregado. A ponte só será inaugurada em 1882.
  2. in: "EDUCAÇÃO SOCIEDADE E DESENVOLVIMENTO EM MONDIM DE BASTO DESDE O MARQUÊS DE POMBAL À TRANSIÇÃO PARA A CONTEMPORANEIDADE Universidade do Minho Braga 1999", po LICÍNIO ANTÓNIO TEIXEIRA BORGES , 
  3. Curiosidades: " Defronte do concelho de Celorico está o de Mondim que o divide o rio Tamega mas da-lhe communicação pela sua fermosa ponte de pedra que chamaõ de Mondim..." in "corographia Portugueza, Tomo I, pag. 151. 
  4. Atenção que esta referida ponte era anterior à da figura. Falta-me saber o que lhe aconteceu.

Ponte Nova de Mondim.

A nova ponte sobre o rio Tâmega na EN304, entre Mondim de Basto e Celorico de Basto abriu ao trânsito no dia 9 de setembro de 2020, num investimento de 7,6 milhões de euros.

Integrada na Empreitada de construção da 1ª. Fase da Variante à EN210, que inclui a ligação a Mondim de Basto, a nova Ponte sobre o Rio Tâmega tem 232 metros de extensão e 11 metros de largura (ciclovia com 2,45m + um separador com 0,65 + 2 faixas de rodagem com 3m + separador com 0,30m + passeio com 1,60m).a nova Ponte sobre o Rio Tâmega,

 O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos  presidiu à cerimónia, onde esteve o secretário de Estado das Infraestruturas, Jorge Delgado, o presidente da IP, António Laranjo, e os presidentes da Câmara de Mondim de Basto profª Teresa Rabiço e de Celorico de Basto, Dr. Joaquim Mota e Silva.

Ponte do Febo no rio Olo, Tejão.

Ponte do Vale da Ponte, ribeiro do Fragoso, Parada de Atei.

Esta ponte fazia parte de um conjunto que estabelecia a ligação de Mondim de Basto a Atei. A sua construção remonta à época medieval, ganhando importância no século XVI, quando D. Manuel I atribuiu foral a Mondim, Atei e Cerva, precisamente o eixo desta via de comunicação (Dinis, 2009, p. 56). É possível encontrar alguns troços desta via, nomeadamente as pontes da Azenha da Laje e de Pardelhas, sobre o ribeiro de Grelhos, e a ponte de Vale da Ponte, sobre o ribeiro de Fragoso. ( A juzante desta fica ainda a da Engeitada, para serventia dos campos envoltos). É importante frisar que a passagem em Brumela, do concelho de Atei para o concelho de Cerva, sobre o rio Poio ou Louredo, seria feita através de poldras, pois a ponte que aí existe, classificada como romana, foi construída nos finais do século XVIII. A partir de Mondim, para alcançar os concelhos vizinhos a Norte, como Atei e Cerva, o traçado não possuía obstáculos naturais como rios impetuosos ou relevos consideráveis e não eram necessárias obras de grande envergadura como pontes. Até ao século XVI, a ligação a Celorico de Basto deveria ser realizada em barcas, uma vez que a primeira referência à ponte de Mondim de Basto, sobre o rio Tâmega, surge somente em 1530.
ver: "Educação, Sociedade e Desenvolvimento em Mondim de Basto...." de Licínio Borges.

Pontão do Freixieira, Pardelhas.

Este pontão faz parte de um conjunto mais alargado, onde se integram os pontões de "Chão do Roço"; "Pontão da Ribeira"; Pontão dos Torneiros" e "Pontão da Chingarelha". Todos eles acabam por engrossar o rio Sião, na zona das "Pontes de Macieira".
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
foto "Objectiva em Movimento" de Bernardino Rodrigues.

Ponte de madeira da Abelheira, Olo, Ermelo.

Trata-se de uma de duas importantes pontes: a medieval, denominada dos Presuntos, construída em pedra e situada num local chamado Várzea e esta, em madeira, situada num local denominado de Abelheira. Ao longo de todo o século XIX esta ponte será alvo de várias intervenções de reparação, dado que tinha um movimento interessante de pessoas e carros de tracção animal, que a danificavam, segundo as actas da vereação.
 
 
in "SOCIEDADE E DESENVOLVIMENTO EM MONDIM DE BASTO DESDE O MARQUÊS DE POMBAL À TRANSIÇÃO PARA A CONTEMPORANEIDADE" de Licínio Borges

Ponte da Contenda, Cabril, Vilarinho.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

in "Objectiva em Movimento" de Bernardino Rodrigues.

Ponte de Covelo.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
in "Objectiva em Movimento" de Bernardino rodrigues.

Ponte de Mondim/Vilar de Viando no Cabril.

 

 

 

 

 

in "Objectiva em Movimento" de Bernardino Rodrigues.

Ponte de Ermelo, rio Olo.

 

Pontão de ferro em Carrazedo.

Ponte da Azenha da Lage, Atei.

Foto de Marisa Libório.