Igrejas

Ao longo dos séculos assistimos a uma  forte centralização da vida paroquial da Igreja Matriz, sob a condução apertada da vida social paroquial pelo pároco e vigilância dos visitadores que é um fenómeno essencial à constituição da Paróquia rural portuguesa. A polarização da paróquia na Igreja, deve reenviar-nos, desde logo, para os processos que ao longo dos Tempos Modernos conduzem à construção ou reforço da Igreja Matriz e à centralização nela das principais actividades e poderes eclesiásticos-religiosos. E desde logo, a construção do equipamento da Igreja Matriz completo, com as suas torres sineiras, com seu altar-mor, sacrário para o Santíssimo e devoções maiores e suas confrarias colocadas nos altares. E por eles a afirmação do poder do pároco sobre todo o espaço da igreja (e não só sobre a capela-mor), não podendo sofrer a concorrência de titulares ou padroeiros. Mas também para a definição do poder e direito paroquial sobre um domínio e um território bem delimitado pelo Tombo da Igreja. E o exercício de uma tutela eclesiástica – dos visitadores em actos de visitação – que apoia e vigia o exercício do poder paroquial, como elemento de suporte fundamental do exercício do poder eclesiástico e espiritual da Igreja, mas também as acções de formação que continuam e vigiam a formação realizada nos Seminários e instituições de formação de clero paroquial. Tal processo de centralização da ordem eclesiástica na igreja matriz, no pároco, nas autoridades visitacionais, é sem dúvida, o instrumento mais importante da unificação e reforço da ordem e poder eclesiástico neste espaço paroquial ao longo dos Tempos Modernos e do reforço da paróquia. Este é um processo contínuo, que se desenvolverá essencialmente ao ritmo da Contra-Reforma e pode dizer-se ultimado, no essencial, por meados do século XVIII, depois do Governo de D. João V. 

 

Igreja Paroquial de Mondim de Basto.

Do primitivo templo medieval apenas se conserva o portal
lateral Norte, em arco quebrado, de três arquivoltas, duas
em toro e a terceira composta por dois frisos com decoração
fitomórfica distinta, assentes em impostas salientes e com
pés direitos de ângulo chanfrado, uma fresta, ampliada e
reformada, como é notório no vão entaipado, alteamento da
cornija e aparelhos distintos da fachada Norte e algumas
pedras sigladas.
Profundamente remodelada nos sécs. XVIII e XIX,
apresenta uma capela lateral, da invocação do Sagrado
Coração de Jesus, com portal moldurado, rematado por
frontão interrompido com volutas e concha, uma invulgar
capela-mor, mais alta que a nave e uma possante torre
sineira a flanquear a fachada principal.
No interior salientam-se os equipamentos em pedra,
especialmente a pia baptismal com taça monolítica
octogonal, a base do púlpito que, até há pouco tempo, estava
rematado com balaústres de pau-preto e o lavabo da
sacristia velha, assim como os tectos de caixotões e os
retábulos de talha barroca e neoclássica.
Diz a tradição que, o altar-mor, uma notável peça
escultórica em talha dourada, se destinava à igreja de São
Pedro em Vila Real. O comboio de carros de bois que a
transportava teria ficado retido em Mondim devido a uma
violenta tempestade de neve. Os moradores aproveitaram
esta circunstância, mobilizaram-se e acabaram por adquirir o
magnífico altar. Contudo, as proporções grandiosas da peça
única obrigaram a profundas obras de remodelação da Igreja
Matriz. Foi, provavelmente, invertida a orientação do
templo, tendo sido construída a actual capela-mor para
albergar a talha adquirida.
Possui esta igreja um espólio valioso, sobretudo fruto das
dádivas do povo de Deus ao longo dos tempos e muito
particularmente nos últimos séculos.
 
Do primitivo templo medieval apenas se conserva o portal
lateral Norte, em arco quebrado, de três arquivoltas, duas
em toro e a terceira composta por dois frisos com decoração
fitomórfica distinta, assentes em impostas salientes e com
pés direitos de ângulo chanfrado, uma fresta, ampliada e
reformada, como é notório no vão entaipado, alteamento da
cornija e aparelhos distintos da fachada Norte e algumas
pedras sigladas.
Profundamente remodelada nos sécs. XVIII e XIX,
apresenta uma capela lateral, da invocação do Sagrado
Coração de Jesus, com portal moldurado, rematado por
frontão interrompido com volutas e concha, uma invulgar
capela-mor, mais alta que a nave e uma possante torre
sineira a flanquear a fachada principal.
No interior salientam-se os equipamentos em pedra,
especialmente a pia baptismal com taça monolítica
octogonal, a base do púlpito que, até há pouco tempo, estava
rematado com balaústres de pau-preto e o lavabo da
sacristia velha, assim como os tectos de caixotões e os
retábulos de talha barroca e neoclássica.
Diz a tradição que, o altar-mor, uma notável peça
escultórica em talha dourada, se destinava à igreja de São
Pedro em Vila Real. O comboio de carros de bois que a
transportava teria ficado retido em Mondim devido a uma
violenta tempestade de neve. Os moradores aproveitaram
esta circunstância, mobilizaram-se e acabaram por adquirir o
magnífico altar. Contudo, as proporções grandiosas da peça
única obrigaram a profundas obras de remodelação da Igreja
Matriz. Foi, provavelmente, invertida a orientação do
templo, tendo sido construída a actual capela-mor para
albergar a talha adquirida.
Possui esta igreja um espólio valioso, sobretudo fruto das
dádivas do povo de Deus ao longo dos tempos e muito
particularmente nos últimos séculos.

Igreja Paroquial de Vilar de Ferreiros, Mondim de Basto.

A igreja paroquial de Vilar de Ferreiros, tem na fachada da entrada principal do templo a data de 1669 portanto a sua construção ainda é do Século XVII.
Igreja maneirista e revivalista com nave e capela-mor, com sacristia adossada. Apresenta no interior, coro-alto de madeira, batistério do lado do Evangelho, púlpito de pedra, retábulos colaterais revivalistas e retábulo-mor maneirista de talha dourada.

Igreja Paroquial do Bilhó, Mondim de Basto.

Igreja rococó com uma só nave e capela-mor, com sacristia adossada e torre sineira. Apresenta no interior coberturas em falsa abóbada de berço de madeira, com coro-alto também de madeira, púlpitos. As capelas laterais confrontantes têm retábulos tardo-barrocos, de talha dourada e policroma de planta reta e um eixo, e capela-mor com retábulo rococó.
 
 
 
 
 
 
Manuel José de Carvalho nasceu no lugar de Ruival a 28 de novembro de 1718, onde viveu até aos 12 anos, tendo depois emigrado para o Brasil onde fez fortuna. Por sua iniciativa foram construídas as igrejas de Ribeira de Pena, Afonsim (Vila Pouca de Aguiar) e Bilhó (Mondim de Basto), para além de avultadas doações à Capela de Nossa Senhora da Guia e às igrejas de Santa Marinha e Santo Aleixo d’Além Tâmega.
 

Igreja Paroquial de Paradança, Mondim de Basto.

Igreja barroca com uma só nave e capela-mor. Apresenta no interior tetos de madeira, coro-alto, púlpito no lado do Evangelho e retábulos de talha policroma revivalista.

Igreja Paroquial de Pardelhas, Ermelo, Mondim de Basto.

Igreja maneirista e barroca de uma nave e capela-mor, com sacristia adossada à fachada lateral esquerda. No interior, coro-alto de madeira, arco triunfal integralmente revestido a talha dourada, barroca, formando apainelados unidos no sentido do raio, e interligados aos retábulos colaterais. Apresenta na capela-mor, retábulo-mor revivalista, neobarroco, de talha policroma e dourada, de planta reta e um eixo.

Igreja Paroquial Atei, Mondim de Basto.

  1. Igreja Paroquial de Atei / Igreja de São Pedro em Mondim de Basto.
  2.  Igreja Românica, da pré-nacionalidade, com três pórticos decorados com motivos vegetais e humano, conserva na nave primitiva os portais românicos, a cachorrada que sustenta as cornijas e uma fresta na fachada principal.
    . Já no século XVI, foi-lhe adicionada uma capela, a ordem dos condes de Cantanhede, para veneração de uma imagem de pedra de N.ª Sr.ª da Conceição, encontrada nas ruínas do Paço de Atei.
     Mais tarde, no século XIX, são-lhe ainda acrescentadas outras capelas e a capela-mor, emprestando-lhe o aspecto actual. No interior, destacam-se os altares oitocentistas, de talha dourada e pintada, em estilo neoclássico. As capelas colaterais, com abertura em arco de volta perfeita rematado por uma flor-de-liz, ostentam altares, em talha pintada e dourada, dedicados, no lado da Epístola, a Nossa Senhora das Dores, enquanto no lado do Evangelho o altar é dedicado a Nossa Senhora. No espaço exterior conserva-se uma sepultura estruturada com lajes e uma tampa sepulcral lisa. A primitiva pia baptismal, monolítica e de contorno poligonal, encontra-se no quintal da Residência Paroquial.
  3.  

No séc. XX foram removidos o coro-alto e dois retábulos neoclássicos, na procura da arquitetura original.

"...Unida à capela mor está uma capela chamada de Nossa Senhora dos Condes, com missa quotidiana, excepto aos Domingos, que dizem três ecónomos beneficiados por si, ou por outros clérigos a quem os beneficiados apresentam e cumprem os apresentados as obrigações por carta anual do Ordinário. E a cada ecónomo se lhe dão da dizimaria sessenta e tantos alqueires de milho e centeio e sessenta e tantos almudes de vinho e 400 réis para cera. Uma das economias é pertença do pároco." in "Memórias Paroquiais de 1758"

 

Igreja Paroquial de Ermelo, Mondim de Basto.

Arquitetura religiosa, maneirista. Fachada principal voltada a Oeste., com pilastras de canto nos cunhais, sobrepujados por pináculos, terminada em empena de friso e cornija, coroada por cruz, de secção quadrangular e hastes com terminais trilobados, sobre acrotério. Portal de verga abatida, encimado por janelão de peitoril de verga abatida, com cornija inferior avançada e gradeada. A fachada é flanqueada, a Sul, por torre sineira, com acesso interior e de três registos, os superiores separados por cornija recta, tendo o primeiro e segundo registos cegos, e o terceiro rasgado a Norte, Sul e Este, por sineira de uma ventana, em arco de volta perfeita, albergando sino, com relógio na fachada Oeste. Remate em cornija recta, com gárgulas de canhão e pináculos, nos vértices, e cobertura piramidal coroada por catavento, de ferro. Cruze de via sacra simples, junto à fachada sul da torre. (Informação extraída da página: Monumentos - SIPA - Sistema de Informação Para o Património Arquitetónico -).

Igreja Paroquial de Campanhó, Mondim de Basto.

Igreja revivalista com uma só nave e capela-mor. No interior tem tetos de madeira e é iluminada pelos vãos laterais e da fachada principal. Apresenta interior com coro-alto, dois retábulos colaterais de estrutura maneirista, e retábulo-mor revivalista e com talha dourada e policroma.